ALFA
Tenho pena,
Muita pena
Desses homens que governam
Um país de analfabetos.
Pobres homens letrados!
Ignorantes...
Não dessas letras
Que falam só pro papel,
Que, passivo, tudo aceita;
Que essas eles dominam.
Mas, ignorantes das letras
Escritas, com pó de estrelas,
No quadro-negro do céu;
Na escolinha "Do Infinito".
Porque, se lá estudassem,
Logo, logo, saberiam
Como é que se lê: servir;
Como é que se escreve: amar.
E, lá pro meio do caderno,
Por certo, já escreveriam:
(Embora em letra indecisa)
Dignidade,
Respeito
E, quem sabe,
Bem-comum.
E, ao final da cartilha,
Leriam, sem embaraço:
_ Vovó viu a uva
Matar a fome do povo.
E, como prêmio, teriam:
O Livro do Governante
(De capa bem colorida)
E o diplominha que habilita
A pedir votos ao povo.
E, ao se empossarem,
Com as vozes embargadas de
emoção,
(À guisa de juramento)
Leriam, para todos,
Do primeiro livro que ganharam
A primeira e única página:
Muita pena
Desses homens que governam
Um país de analfabetos.
Pobres homens letrados!
Ignorantes...
Não dessas letras
Que falam só pro papel,
Que, passivo, tudo aceita;
Que essas eles dominam.
Mas, ignorantes das letras
Escritas, com pó de estrelas,
No quadro-negro do céu;
Na escolinha "Do Infinito".
Porque, se lá estudassem,
Logo, logo, saberiam
Como é que se lê: servir;
Como é que se escreve: amar.
E, lá pro meio do caderno,
Por certo, já escreveriam:
(Embora em letra indecisa)
Dignidade,
Respeito
E, quem sabe,
Bem-comum.
E, ao final da cartilha,
Leriam, sem embaraço:
_ Vovó viu a uva
Matar a fome do povo.
E, como prêmio, teriam:
O Livro do Governante
(De capa bem colorida)
E o diplominha que habilita
A pedir votos ao povo.
E, ao se empossarem,
Com as vozes embargadas de
emoção,
(À guisa de juramento)
Leriam, para todos,
Do primeiro livro que ganharam
A primeira e única página:
- Governar é educar o povo;
E só há um modo de fazê-lo:
Honrando,
Respeitando e
Dignificando...
O PROFESSOR.
E só há um modo de fazê-lo:
Honrando,
Respeitando e
Dignificando...
O PROFESSOR.
(Moacyr José Sacramento)
A ORIGEM DO DIA DO PROFESSOR
Em 15 de outubro de 1827 (no dia consagrado à educadora Santa
Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial no sentido de
que “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de
primeiras letras”. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima
- caso tivesse sido cumprida.
Surgiu apenas em 1947, exatamente 120 anos após o
referido decreto, a primeira comemoração de um dia todo dedicado ao
Professor. Foi em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua
Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como
“Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de
junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este
período. Quatro professores tiveram a idéia de se organizar um dia de
parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de
rumos para o restante do ano. O professor Salomão Becker sugeriu que o
encontro se desse no dia de 15 de outubro - data em que, na sua cidade
natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena
confraternização. Era na Escola Normal Oficial de Piracicaba (atual
Instituto de Educação Sud Menucci), onde tinha ele estudado e por onde
se formavam professores para o ensino básico. O diretor, Onofre
Penteado, gostou da iniciativa. A festa foi um sucesso. No ano seguinte,
o jornal “A Gazeta” fez a cobertura do acontecimento, que já contava
com a adesão de um colégio vizinho: o Pais Leme, que ficava na esquina
da Rua Augusta com a Av. Paulista. Com os professores Alfredo Gomes,
Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois
crescer e implantar-se por todo o Brasil.
(www.unigente.com)
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