15 de Outubro Dia do Professor



 ALFA
Tenho pena,
Muita pena
Desses homens que governam
Um país de analfabetos.
Pobres homens letrados!
Ignorantes...
Não dessas letras
Que falam só pro papel,
Que, passivo, tudo aceita;
Que essas eles dominam.
Mas, ignorantes das letras
Escritas, com pó de estrelas,
No quadro-negro do céu;
Na escolinha "Do Infinito".
Porque, se lá estudassem,
Logo, logo, saberiam
Como é que se lê: servir;
Como é que se escreve: amar.
E, lá pro meio do caderno,
Por certo, já escreveriam:
(Embora em letra indecisa)
Dignidade,
Respeito
E, quem sabe,
Bem-comum.
E, ao final da cartilha,
Leriam, sem embaraço:
_ Vovó viu a uva
Matar a fome do povo.
E, como prêmio, teriam:
O Livro do Governante
(De capa bem colorida)
E o diplominha que habilita
A pedir votos ao povo.
E, ao se empossarem,
Com as vozes embargadas de
emoção,
(À guisa de juramento)
Leriam, para todos,
Do primeiro livro que ganharam
A primeira e única página:
- Governar é educar o povo;
E só há um modo de fazê-lo:
Honrando,
Respeitando e
Dignificando...
O PROFESSOR.
 (Moacyr José Sacramento)



A ORIGEM DO DIA DO PROFESSOR

Em 15 de outubro de 1827 (no dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial no sentido de que “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Surgiu apenas em 1947, exatamente 120 anos após o referido decreto, a primeira comemoração de um dia todo dedicado ao Professor. Foi em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de se organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano. O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro - data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Era na Escola Normal Oficial de Piracicaba (atual Instituto de Educação Sud Menucci), onde tinha ele estudado e por onde se formavam professores para o ensino básico. O diretor, Onofre Penteado, gostou da iniciativa. A festa foi um sucesso. No ano seguinte, o jornal “A Gazeta” fez a cobertura do acontecimento, que já contava com a adesão de um colégio vizinho: o Pais Leme, que ficava na esquina da Rua Augusta com a Av. Paulista. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.
(www.unigente.com)


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